quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Os Tempos Modernos (não de Charlie Chaplin)

Em pleno Século XXI, eis a notícia:

Augusto Morais, presidente da APME, considera que a actualização do salário mínimo para 450 euros em 2009 terá como resultado o aumento do desemprego.
«O primeiro-ministro tem de ter consciência que temos 43720 contratos de trabalho a termo, o que quer dizer que se continuar a insistir, nós vamos difundir por todos os nossos associados que, à medida que os contratos da termo terminam, não se renovam», ameaçou.
Recusando acusações de radicalismo, Augusto Morais afirmou que radical é a medida que o Governo quer «impor às empresas, que não a podem suportar».


Ainda gostava de saber como é que alguém consegue "sobreviver" com o actual ordenado mínimo nacional que são 426€/mensais, tendo em conta a conjuntura... se pensarmos friamente sobre este assunto, viajamos até à época em que os patrões eram donos dos trabalhadores.

Para o Sr. Presidente da APME, bem como para como todos os "grandes" empresários portugueses, o futuro será voltarmos ao tempo da escravatura, em que teremos de trabalhar e não seremos pagos em termos monetários e ainda ter direito a umas chibatadas.

Outra coisa que aqui na mente da caixinha faz certa confusão, é que no meio de tantos apoios às PME's por parte do Estado, os culpados são sempre os trabalhadores. Culpados de quê? De existirem?

E se não existissem trabalhadores, existiriam empresas?

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